Lema da Central Musical: Anos 80

Não é necessário gostar de tudo, mas por que não conhecer? - Uma audição crítica de todos os álbuns lançados na década de 80.

Disco do dia: Seventeen Seconds - Cure

22 de fev. de 2011 comentários
O que é isso?



Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: inglesa
Carreira: 1976 até hoje
Estilo/Gênero: Rock/Post-Punk, Gothic Rock, New Wave, Alternative Rock
Álbuns de estúdio: 13 até o momento
Site oficialhttp://www.thecure.com/

Seventeen Seconds (1980) - Ouça aqui o disco completo!


Sobre o disco:


Line-up: Robert Smith (vocal, guitarra), Matthieu Hartley (teclado), Lol Tolhurst (bateria), Simon Gallup (baixo)


Cotações:
All Music Guide (0 a 5): 3
Blender (0 a 5): 3
Pitchfork Media (0 a 10): 7,5


Charts:
Britânico: 20º
Austrália: 39º
França: 80º
Nova Zelândia:


Finalmente, depois de muita briga, Robert Smith conseguiu a tão almejada liberdade criativa, pois conforme vimos no post anterior (veja posts relacionados), a gravadora exercia grande pressão sobre as composições da banda. Teve um papel bastante importante na concepção do álbum o produtor Mike Hedges (U2, Dido, Undertones, etc.), que trouxe bastante de sua experiência para o grupo iniciante. 

A grana era curta para fazer as gravações, o que acabou prejudicando algumas ideias da mente brilhante de Smith que acabaram sendo descartadas. A banda nessa época já não contava mais com os serviços do baixista Michael Dempsey, que fora substituído por Simon Gallup. Essa mudança acabou sendo benéfica para a banda pois o baixo tem grande destaque nas faixas, contribuindo de forma relevante para a atmosfera dark proposta por esse disco, um dos precursores e clássicos do Gótico, quiçá o melhor da banda. Aliás, foi por causa desse caminho que o Cure apontava seguir e divergências com Smith sobre a "complexidade" das músicas, o que motivou a saída do recém-membro Matthieu Hartley após a gravação desse disco.

A novidade sonora trazida pelo Cure (para alguns depressiva), causou discussões acaloradas entre os críticos, alguns se apegaram a simplicidade rítmica e harmônica para depreciar o trabalho, outros elevaram as novidades em termos de abordagem, estética e pioneirismo. É assim mesmo, tudo que é novo e diferente, causa controvérsias.

Minha impressão é a melhor, as músicas embora tecnicamente simples são fios condutores à introspecção, reflexão e até a alguma catarse no terreno da melancolia. 'A Forest' é sensacional, para mim está entre as três melhores músicas produzidas pela banda; o hit 'Play For Today' é perfeito para qualquer filme do Tim Burton (inspiração) - é o som de seu visual. 'M' também merece destaque - seria alguma referência ao filme do vampiro de Dusseldorff?? - em Seventeen Seconds a criatividade sem dúvida se sobressai à técnica. Viva a criatividade!

Posts relacionados:

Se você nunca ouviu a banda...
The Cure, na verdade é Robert Smith - vocalista, guitarrista, compositor e o único membro constante. O line-up mudou várias vezes no decorrer dos anos, mas a banda nunca perdeu sua identidade pois Smith sempre foi o motor criativo.

Banda precursora do gothic rock ou gótico (nada a ver com emo!), seu som é original mesmo se comparado com outras bandas góticas, porque apesar de ser sombrio, muitas vezes demonstra uma certa infantilidade (no bom sentido do termo); é difícil explicar... é como uma animação do Tim Burton: sombria, mas estranhamente alegre.


comentários

Postar um comentário

Seu comentário é muito importante, todos que são publicados são respondidos, mas antes de escrever, verifique as normas do blog:
Você pode: Opinar, elogiar, criticar, sugerir, debater e discordar.
Mas NÃO PODE ofender, insultar, difamar, divulgar spam, fazer racismo, ou qualquer tipo de conteúdo ilegal, além de usar palavras de baixo calão de maneira gratuita.

Obrigado por sua visita, fico na expectativa de seu retorno!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...