Lema da Central Musical: Anos 80

Não é necessário gostar de tudo, mas por que não conhecer? - Uma audição crítica de todos os álbuns lançados na década de 80.

II - 14 Bis

31 de ago. de 2010 comentários
O que é isso?



Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: brasileira
Período de atividades: 1979 até hoje
Site oficialhttp://www.14bis.com.br/
Estilo/Gênero: MPB, Rock, Pop/Rock Rural, Rock Progressivo
Álbuns de estúdio: 11 até o momento
Line-up do disco: Flávio Venturini (vocal, teclado), Cláudio Venturini (vocal, guitarra), Vermelho (teclado e vocal), Sérgio Magrão (baixo, vocal) e Hely (bateria, vocal).

II (1980) - Ouça aqui o disco completo!




Sobre o disco

Influenciados pelos Beatles, Rolling Stones e pela turma do Clube da Esquina, alguns garotos, todos de Minas Gerais resolvem formar uma banda de rock. Só que devido a essa diversidade de influências, o resultado foi um delicioso rock rural.

O nome do grupo foi uma homenagem ao mineiro célebre Santos Dumondt e a sua maior criação: o avião 14 Bis. Os integrantes originais vinham de outros grupos de rock como o Terço e Bendegó, portanto já não eram inexperientes.

Debut de 1979
Em 1979 lançam seu primeiro disco que tinha a imortal 'Canção da América', uma música engajada que  protestava contra a ditadura que dominava o Brasil na época. O sucesso foi absoluto. Para o segundo disco, os integrantes ousaram mais nas construções harmônicas e conseguiram produzir um álbum de grande qualidade técnica e emotiva, que cimentou em definitivo o lugar do 14 Bis nos anais da nossa rica MPB.

Por terem obtido sucesso, foi inevitável que bandas oportunistas surgissem, como Roupa Nova por exemplo, que buscavam imitar descaradamente os belos arranjos (principalmente os vocais), mas nem de longe conseguiram chegar aos pés do trabalho de Flávio Venturini e companhia.

Se você nunca ouviu a banda...

Como são músicos competentes e eram grandemente influenciados por bandas de rock progressivo, as músicas contém experimentações harmônicas e sonoras diversas. Há também belas melodias sensíveis.

Todos os integrantes cantam e, apesar de nenhum deles ter grandes talentos vocais, a harmonia das vozes compensa essa deficiência e proporciona belas passagens.

As músicas em geral, apesar de um considerável grau artístico, são facilmente "degustáveis" e caem no gosto popular com certa facilidade. As letras têm alto grau poético e sensibilidade.

Rádio Polaina - 7º Programa

29 de ago. de 2010 comentários

Está no ar o 7º Programa da rádio Polaina, só anos 80!!


Confira acima

PEÇA AQUI SUAS MÚSICAS PARA FUTUROS PROGRAMAS!

Hoje na programação: Saxon, Patti Smith, U2 e muito mais!

Debut - A Divina Increnca

28 de ago. de 2010 comentários






O que é isso?



Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: brasileira
Período de atividades: 1979 a 1980 (mais alguns encontros esporádicos)
Estilo/Gênero: MPB/Instrumental Brasileiro
Álbuns de estúdio: 0 (esse é ao vivo e é o único do grupo)
Line-up do disco: Rodolfo Stroeter (baixo, percussão), Felix Wagner (piano,clarinete, vibrafone, percussão, flauta), Azael Rodrigues (bateria, vibrafone, tabla, percussão), Mauro Senise (saxofone alto e soprano) e Klaus Erik Petersen (flauta).

A Divina Increnca (1980) - Ouça aqui o disco completo!



Sobre o disco:

Antes que peguem no meu pé, quero deixar claro que não escrevi errado o nome da banda, é Divina Increnca mesmo (com i), esse grupo é tão obscuro que nem no dicionário Albin consegui informações sobre ele. O que dá para afirmar com certeza são os integrantes, e ouvindo o disco se conclui o resto.

Gravado ao vivo na Funarte (sala Guiomar Novaes) em São Paulo, esse disco é uma verdadeira maravilha instrumental. Os músicos são fenomenais - extremamente técnicos - utilizam elementos do folclore brasileiro agregado às dificílimas teoria e execução jazzística.

Sobre os integrantes, posso dizer:
  • Rodolfo Stroeter - exímio baixista e compositor, fez parte dos cultuadíssimos Grupo Um e Pau Brasil; tocou nas bandas de grandes artistas como Milton Nascimento, Chico Buarque, Gilberto Gil, Carlinhos Brown e etc. e foi o compositor da ópera comemorativa aos 500 anos de descobrimento da América (em 1992).
  • Félix Wagner - pianista alemão radicado no Brasil, também fez parte do Grupo Um além da Sabor de Veneno.
  • Azael Rodrigues - referência para os bateristas brasileiros, tocou no Pau Brasil e com Cézar Camargo Mariano.
Se você nunca ouviu a banda...

Dificilmente ouvidos iniciantes irão conseguir apreciar na primeira ouvida, se isso acontecer com você, não se preocupe, é normal. Dê uma chance para o disco! Procure ouví-lo em algum momento de completa tranquilidade, ou seja, sem distrações. É importante também dedicar atenção exclusiva ao som: procure observar as nuances, nada de ouvir enquanto conversa ou lê alguma coisa.

Minha sugestão é que o disco seja ouvido inteiro pelo menos três vezes e, em cada uma delas, dedique-se a apenas um instrumento - a primeira vez ao piano, a segunda à bateria e a terceira ao baixo (que exigirá um ouvido mais apurado).

Acredito que exista 2 maneiras para se apreciar música: com o coração e com a mente, as duas são válidas e importantes, mas para esse disco, é necessário ouvir primeiro com a mente para que depois seja possível ouvir também com o coração. Para entender melhor essa teoria, leia o artigo linkado abaixo que escrevi há um tempo atrás em meu outro blog; dedique uma atenção também aos comentários, pois vários músicos e apreciadores de música debateram comigo o assunto.
Consegui achar esse vídeo da Divina Increnca com a participação especial do saxofonista e maestro Roberto Sion, confira!

Wheels of Steel - Saxon

26 de ago. de 2010 comentários

O que é isso?



Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: inglesa
Período de atividades: 1976 até hoje
Site oficialhttp://www.saxon747.com/en/itl/
Estilo/Gênero: Rock/Heavy Metal, NWOBHM
Álbuns de estúdio: 18 até o momento
Line-up do disco: Biff Byford (vocais), Graham Oliver (guitarra), Paul Quin (guitarra), Steve Dawson (baixo) e Pete Gill (bateria)

Wheels of Steel (1980) - Escute aqui o disco completo!


Sobre o álbum:

Na década de 70 foi sedimentado o movimento heavy metal principalmente por bandas inglesas como o Black Sabbath e o Judas Priest, que faziam músicas chamadas "do mal", isso porque misturavam o peso sonoro com certo apelo sombrio. Por outro lado, nos Estados Unidos, bandas como o Van Halen também impunham um grande peso no rock, mas de forma mais descontraída.

Já ao final da década, bandas como Iron Maiden e o próprio Saxon (antes chamados de Son of a Bitch), resolveram acelerar o andamento das músicas, incorporar algo da estética punk e manter as temáticas sombrias, era a New Wave Of British Heavy Metal, ou NWOBHM.

Debut de 1979
Depois de conseguir destaque no underground britânico com seu disco de estreia, o Saxon lança o clássico 'Wheels of Steel', que trás definitivamente a fama para o grupo e engata alguns hits como a faixa título e a favorita da galera headbanger: '747 (Strangers in the Night)'.
Fizeram shows junto com a banda de Ozzy Osbourne - que nessa época já tinha sido despedido do Sabbath - e seguiram com uma longa e próspera carreira no metal, que abordaremos em vários outros artigos aqui no blog.

Leituras relacionadas:
Cotações da crítica especializada:
All Music Guide (0 a 5): 4

Se você nunca ouviu a banda...
O heavy metal em sua aurora não tinha o peso que tem hoje, principalmente depois do surgimento de sub-gêneros como o trash e o speed metal, apesar disso, para a época era super-pesado. Aos ouvidos de hoje, diria que o som do Saxon é vigoroso.

Vocal agudo e gritado, sem grande extensão e com um certo lirismo. Ritmo 4/4 bem marcado e andamento acelerado. Duas guitarras - uma solo veloz e a outra base sempre nos power chords.

Se você quiser um modelo clássico da estética metal (NWOBHM), o Saxon servirá muito bem como referência.

Clipes Premiados #3 - Dire Straits

25 de ago. de 2010 comentários

Vencedor do Grammy de melhor vídeo clipe de 1987



Dire Straits com o clipe da música Brothers in Arms, do disco Brothers in Arms de 1985.




Leitura relacionada: Making Movies - Dire Straits

Celebrate! - Kool & The Gang

24 de ago. de 2010 comentários: 2

O que é isso?



Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: estadunidense
Período de atividades: 1964 até hoje
Site oficialhttp://www.koolandthegang.com/
Estilo/Gênero: Soul, Jazz/R&B, Funk, Disco
Álbuns de estúdio: 24 até a presente data
Line-up do disco: (Carece de fontes) Robert "Kool" Bell, Ronald Bell, George Brown, Robert Mickens, Dennis Thomas, Clifford Brown, Sonny "Skip" Martin, Shaw McQuiller, Rodney Ellis, Jirmad Gordon, James "JT" Taylor, Clydes Charles Smith, Rick Westfield

Celebrate! (1980) - Ouça aqui o disco completo!



Sobre o disco:

Co-produzido pela lenda brasileira radicada nos Estados Unidos Eumir Deodato (certamente o veremos aqui no blog!), esse disco não só recolocou o Kool & The Gang no primeiro lugar das paradas estadunidenses, mas também nas da Europa, principalmente por causa do hit Celebration que até hoje marca presença nas rádios e festas. Mas nem só de Celebration sobrevive o álbum, vale a pena a audição mais minuciosa das outras faixas.

Em 1980, como escrevi no artigo sobre a Sister Sledge, a disco music estava em plena decadência, mas a Gang já era escolada, era um grupo experiente que já havia sobrevivido por mais de dez anos com mais altos do que baixos, sempre se adaptando à demanda do público.

Acima de tudo, um disco divertido.

Leitura relacionada:



Cotações da crítica especializada:

All Music Guide (0 a 5): 3



Se você nunca ouviu a banda...

Uma espécie de Big Band, só que de soul music - vários integrantes, arranjos com sopros e vários vocais.

Grupo frequentador assíduo das rádios e das pistas de dança, sempre se adaptando aos gosto popular.

Em seus discos costumam alternar entre baladas suaves e faixas dançantes e cheias de groove.

Grau mediano de elaboração técnica, cai fácil no gosto geral, dá para ouvir sem medo nenhum e se divertir. Sem grandes pretensões artísticas, trabalho comercial mesmo, mas nem por isso ruim.

Rádio Polaina - 6º Programa

22 de ago. de 2010 comentários


Está no ar o Programa da rádio Polaina, só anos 80!!


Confira acima

PEÇA AQUI SUAS MÚSICAS PARA FUTUROS PROGRAMAS!

Hoje na programação: Pretenders, Dire Straits, U2 e muito mais!

Musas do Cinema da Década de 80 - P.2

21 de ago. de 2010 comentários
Brooke Shields por A Lagoa Azul e Amor Sem Fim



Elizabeth McGovern por Gente como a Gente, Era uma Vez na America e Ela Vai ter um Bebê




Kathleen Turner por Corpos Ardentes, Tudo por uma Esmeralda, A Joia do Nilo, A Honra do Poderoso Prizzi, Uma Cilada para Roger Rabbit e O Turista Acidental




Linda Hamilton por Colheita Maldita e O Exterminador do Futuro





Michelle Pfeiffer por Grease 2, Scarface, Feitiço de Áquila, As Bruxas de Eastwick, Ligações Perigosas, De Caso com a Máfia e Susie & Os Baker Boys






Sean Young  por Blade Runner, Duna, Wall Street e Sem Saída





Clipes Premiados #2 - Genesis

20 de ago. de 2010 comentários

Vencedor do Grammy de melhor vídeo clipe de 1988


Genesis: com o clipe Land of Confusion, música do álbum Invisible Touch de 1986.






Para maiores informações sobre a música, o clipe e para saber quem são as personalidades retratadas no vídeo, clique AQUI.

Catching The Sun - Spyro Gyra

19 de ago. de 2010 comentários: 1

O que é isso?



Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: estadunidense
Período de atividades: 1974 até hoje
Site oficial: http://www.spyrogyra.com/
Estilo/Gênero: Jazz/Fusion, Smooth
Álbuns de estúdio:  26 até o momento
Line-up do disco: Jay Beckenstein (sax alto, sax tenor, sax soprano, percussão, piano elétrico, sintetizador), Tom Schuman (piano elétrico, sintetizador, piano), Chet Catallo (guitarra, violão), Will Lee (baixo), Eli Konikoff (bateria), Gerardo Velez (percussão), Jeremy Wall (sintetizador), John Tropea (guitarra, violão), Hiram Bullock (violão, guitarra), Dave Samuels (marimba, vibrafone), Rubens Bassini (congas, percussão), Randy Brecker (trompete), Richard Calandra (percussão, tamborim), Jim Kurzdorfer (baixo), Steve Natan (clavinet), Barry Rogers (trombone) + sessão de sopros e de cordas.

Sobre o disco:

Após o lançamento do disco clássico Morning Dance (confira nas leituras relacionadas), o Spyro Gyra consegue depois de muitos anos de estrada atingir o sucesso. O álbum fica em 3º lugar na parada estadunidense de jazz.

Morning Dance
O som bastante acessível da banda permite cair fácil no gosto do público e, junto com outros artistas contemporâneos, como Grover Washington Jr., por exemplo (veja leituras relacionadas), o fusion, que já havia diluído o jazz, também seria diluído com pegadas mais pop e R&B e seria chamado de smooth.

Um dos precursores do smooth jazz, o terceiro disco do Spyro Gyra, Catching the Sun, já tem improvisações menores e limitadas, o que o torna mais pobre emocionalmente por tolher a arte individual dos intérpretes, porém de mais fácil compreensão para o público em geral que não entende nada de música.

A crítica o achou inferior à Morning Dance, mas ainda assim muito bom. Catching The Sun conseguiu ficar em 4º lugar na parada de 1980, exatamente atrás de Morning Dance.

No mesmo ano de 1980, o grupo também lança o álbum Carnaval, que veremos em breve aqui no blog.

Leituras relacionadas:



Cotações da crítica especializada:

All music Guide (0 a 5): 4



Se você nunca ouviu a banda...

É uma verdadeira salada musical. Jazz, pop, R&B, disco, funk, ritmos latinos, etc.

Todas as faixas são instrumentais, mas de fácil degustação. Músicos de alto gabarito e especialização. Animado e contagiante na maior parte das vezes.

Um bom começo para quem está interessado na música instrumental mas tem medo de começar por achar que não vai entender nada.

Catching the Sun (1980)


Ouça aqui o disco completo



Faixas:

01 - Catching The Sun
02 - Cockatoo
03 - Autumn Of Our Love
04 - Laser Material
05 - Percolator
06 - Philly
07 - Lovin You
08 - Here Again
09 - Safari

Grammy award winner
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