Lema da Central Musical: Anos 80

Não é necessário gostar de tudo, mas por que não conhecer? - Uma audição crítica de todos os álbuns lançados na década de 80.

Meu Bem Querer - Djavan

29 de jun. de 2010 comentários: 4

O que é isso?




Ficha corrida do cara:
Nome completo: Djavan Caetano Viana
Nacionalidade: brasileiro
Período de atividades: 1973 até hoje
Site oficial: http://www.djavan.com.br/
Estilo/Gênero: MPB, Samba
Álbuns de estúdio: 17 (até a presente data)

Djavan pegou o gosto pela música ao ouvir sua mãe cantando sucessos de Ângela Maria e  Nelson Gonçalves enquanto lavava roupa do patrão para sustentar a família pobre. O cenário era a bela Maceió, Alagoas. Aprendeu a tocar violão sozinho, acompanhando as cifras das músicas reproduzidas nas revistinhas da banca de jornal (revistas qe você encontra até hoje). Além de tocar violão, tabém jogava futebol nas categorias de base do CSA, um dos mais importantes clubes do estado.

Em pouco tempo já participava de uma banda que fazia covers dos Beatles chamada LSD, e tocou em diversos locais de Maceió. Compelido pela necessidade de compor, descobriu sua bela voz e decidiu se mudar para alguma "cidade grande" para tentar a sorte. Optou pelo Rio de Janeiro. Acabava ali a trajetória de um possível atleta do futebol.

O disco de estreia
A vida por lá não foi fácil, até que foi descoberto por um influente radialista que o apresentou para produtores da gravadora Som Livre. Fascinados pela bela voz de Djavan, permitiram que ele gravasse músicas de compositores brasileiros festejados, como Dorival Caymmi e Vinícios de Moraes, para integrar a trilha sonora de novelas da emissora Globo. Mas como a grana não era muita - tinha que sustentar mulher e filho -  teve que trabalhar como crooner nas casas noturnas cariocas.

Uma boa oportunidade de mostrar suas composições surgiu em virtude de um festival de música, patrocinado também pela tv Globo. A música inscrita foi "Fato Consumado", que levou o segundo lugar e possibilitou a gravação de um single. Seguindo atrás da boa visibilidade na tv, Djavan apresenta outra música: "Flor de Lis", que vira hit das rádios brasileiras e motiva a gravação de seu primeiro álbum: 'A voz, o violão, a música de Djavan', o ano era 1976.

O 2º disco, com influências indígenas
Passou dois anos fazendo shows solo e compondo as novas músicas que formariam seu segundo álbum: 'Cara de Índio', com forte influência da cultura do povo nativo do país.

A fama de compositor se espalhou e despertou o interesse de cantoras consagradas para gravarem suas músicas - Maria Bethânia lançou "Álibi",  Elis Regina "Samba Dobrado" (que obteve sucesso internacional) e Nana Caymmi com "Dupla Traição".

Em 1980, Djavan grava 'Alumbramento', nosso disco de hoje. Cheio de belas músicas como 'Meu Bem Querer', é o primeiro disco em que divide as composições com outros craques brasileiros, como Aldir Blanc e Francis Hime. Outro fato inédito são interpretações de músicas de outros compositores com "A Rosa", de Chico Buarque.

"Meu Bem Querer" entrou para a trilha sonora da novela Coração Alado, tornou-se um dos maiores sucessos da carreira do músico e, sem dúvida, marcou a década de 1980.

Alumbramento (1980)


Cotação da crítica especializada:
All Music Guide (0 a 5): 4,5

Audição comentada:


Faixas/Destaques

01 - Tem Boi na Linha
Samba com um riquíssimo arranjo instrumental. Destaque para os fraseados do baixo.

02 - Sim ou Não
Balada acompanhada de orquestra de cordas. Bela melodia com o estilo característico de Djavan. Injustamente pouco conhecida, vale a pena conferir!

03 - Lambada de Serpente
Que introdução ao violão e violoncelo! A letra trás memórias de infância. Presença marcante e delicada de uma sanfona. Uma singela obra de arte.

04 - A Rosa
Mais um samba cheio de swing. Participação de Chico Burque cantando em dueto com Djavan. Letra do mestre Chico (espetacular!)

05 - Dor e Prata
Orquestra completa ao fundo. A melodia é simples e a letra eu não gostei muito. O arranjo ficou arrastado.

06 - Meu Bem Querer
Difícil achar quem não gosta dessa, uma das grandes músicas do cancioneiro nacional. Sensível e profunda. Para fechar os olhos e sonhar...

07 - Aquele Um
Apesar da introdução de teclado ultrapassada, o balanço e a letra tornam essa música um destaque. Mais uma vez o baixo merece atenção especial.

08 - Alumbramento
A faixa título do álbum é maravilhosa. Mas é uma tristeza só, prepare o espírito antes de ouví-la.

09 - Triste Baía de Guanabara
O clima da faixa anterior é ainda mais aprofundado. Para corações sensíveis.

10 - Sururu de Capote
Para fechar o álbum, essa faixa levanta novamente os ânimos.e deixa um sorriso no rosto ao final da experiência auditiva do disco.


Opinião de minha filha Ravena, uma legítima representante da geração séc. XXI 
"Eu sempre gostei de Vinícius de Moraes e Chico Buarque, mas Djavan... eu gosto da minoria das músicas dele. Realmente a letra de suas músicas são poéticas de um jeito bonito e as vezes confuso, eu não sei bem porque não gosto. MPB saiu meio de moda porque a maioria dos jovens hoje ligam mais pro rítimo de dançar e melodias "animadas" (vocês entenderam, tipo hip-hop e até esse estilo que inventaram no Rio de Janeiro que chamam de "Funk". Perto desses estilos, pode ser considerado "sem graça" para maioria das pessoas). Eu gosto do pop de hoje em dia mas também gosto bastante de MPB."

Sailing - Christopher Cross

26 de jun. de 2010 comentários: 6
Cantando o super sucesso 'Sailing'

Ficha corrida do cara
Nome completo: Christopher Charles Geppert

Nacionalidade: estadunidense
Período de atividades: 1979 até hoje
Site Oficial: http://www.christophercross.com/
Estilo/Gênero: Pop, Rock/Soft Rock
Álbuns de estúdio: 11 (até a presente data)

Bio - 1ª Parte

Quem é que curtiu os anos 80 e não deu alguns "amassos" dançando o super hit "Sailing" de Christopher Cross? Leia abaixo como começou a trajetória deste cantor de voz diferenciada.

Nascido na cidade de San Antonio, esse texano começou a carreira musical em uma banda de covers local chamada 'Flash'. Dono de uma bela voz de timbre incomum, logo chamou a atenção da gravadora Warner que o contratou para gravar um disco. Na tentativa de divulgar seu novo candidato a estrela, a gravadora tentou encaixar algumas faixas do disco de estréia na trilha sonora do filme "Arthur, o milionário sedutor", com Dudley Moore e Liza Minelli. Os produtores não queriam arriscar seu trabalho apostando em um compositor novato, então só aceitaram incluir Christopher se ele aceitasse a parceria de compositores mais experientes para criar o "Tema de Arthur", então um time de primeira colaborou com ele, dentre os quais o grande Burt Bacharach. A música e a bela interpretação de Cross conquistaram o público e o Oscar de melhor canção original. As outras músicas dele, que também entraram no filme,estouraram nas rádios e Christopher Cross virou o queridinho do momento.

A música "Sailing" ficou em primeiro lugar das paradas de sucesso, "Ride Like The Wind" em segundo. e  o álbum ficou em sexto. Esse primeiro disco, tema deste post, agradou tanto o público e a crítica, que arrematou nada menos que 5 prêmios Grammy, incluindo disco do ano, artista reveleção e melhor canção (Sailing). Virou uma verdadeira febre!

Christopher Cross (1980)


Cotação da crítica especializada
All Music Guide (0 a 5): 4,5

Audição comentada


Faixas/Destaques

01 - Say You'll Be Mine
Animada, um pop que dá para acompanhar com palmas. Arranjo simples, mas honesto. Refrão fácil e boas participações da guitarra e dos backing vocals.


02 - I Really Don't Know Anymore
Sopros e o baixo dão um balanço agradável. O canto mostra todo seu potencial tanto com Christopher, que tem uma voz incomum (lembra um pouco o saudoso Tim Buckley), quanto com o belíssimo backing vocal de Michael McDonald. A guitarra de Eric Johnson viaja no solo e carrega a música de sentimento. Ótima!
 
03 - Spinning
A cantora Valerie Carter participa desse singelo dueto, que lembra os R&B dos anos 70. Presença marcante do trompete de Chuck Findley.


04 - Never be the Same
Que melodia inspirada! Fácil de degustar e cair no gosto, utiliza a fórmula do pop à perfeição. Muito da produção musical que tocou nas rádios durante a década de 80 se inspirou nessa música.

05 - Poor Shirley
Acompanhado de uma orquestra, Christopher canta mais uma faixa emotiva, apesar de medíocre (no sentido de média, não de podre).


06 - Ride Like the Wind
Super sucesso! Embalou muita festinha de garagem onde a criançada toda se reunia. Lembro que a gente cantava essa e sempre tinha um amiguinho que se empolgava fazendo o contracanto de Michael McDonald à plenos pulmões: SUCH A LONG WAY TO GO!!! E outro fazendo "air guitar" tentando imitar Eric Johnson, bons tempos...
 
07 - The Light is on
Um bolerinho lotado de som de teclado. O arranjo é safado, mas quando entre a voz de Cross, todo um colorido se apresenta. Não é o suficiente para salvar a faixa.

08 - Sailing
Uma sentida orquestra abre sendo substituída pelos inesquecíveis arpejos da guitarra, marca registrada da música. A voz dobrada para ganhar mais peso e, finalmente, um dos refrões que mais marcaram a década de 80. Quantos casais de namorados tiveram essa música como "a música". Quem, na época, não sonhou com aquele amor juvenil distante e utópico tendo Sailing como trilha sonora ao fundo? Quantos rompimentos e brigas não tiveram reconciliações embaladas por essa música? Essa, sem dúvida marcou a vida de muita gente.  

09 - Minstrel Gigolo
Uma faixa mais pretensiosa, com arranjo elaborado, mas ainda assim acessível ao público leigo.

Opinião de minha filha Ravena, uma legítima representante da geração séc. XXI
"Bom, eu diria que esse estilo eu não ouviria no meu cotidiano, mas assumo que é bastante divertido e o vocal tem um certo talento admirável. Mesmo com as modificações da música pop hoje em dia, não foi esquecido o antigo e tradicional pop, que lembram nossos pais na época em que namoravam e dançavam colado com essas músicas de fundo. Digo que não se pode ouvir parado deitado no sofá."

Grammy award winner

Boy - U2

24 de jun. de 2010 comentários: 3
Integrantes ainda adolescentes
 



Ficha corrida da banda:
Nacionalidade: irlandesa
Período de atividades: 1976 até hoje
Site Oficial: www.u2.com
Estilo/Gênero: Rock/Rock Alternativo, Post-Punk
Álbuns de estúdio: 12 (até a presente data)
Membros em 1980: Bovo Vox (vocal e guitarra), The Edge (guitarras, teclado e vocais), Adam Clayton (baixo) e Larry Mullen Jr. (bateria)

Bio - 1ª Parte

Tudo aconteceu nos pátios do colégio Mount Tample Comprehensive, em Dublin, Irlanda. Foi no ano de 1976 que o jovem Larry Mullen Jr. de apenas quatorze anos, que tocava um pouquinho de bateria, resolveu  formar uma banda. Ele colocou um anúncio no mural da escola que foi prontamente atendido por uma série de colegas, entre eles os irmãos Dave e Dik Evans, Adam Clayton e Paul Hewson. Paul, um líder nato, imediatamente tomou a frente do grupo, o microfone e começou a sugerir as músicas que iriam fazer covers. Assim surgiu o 'Feedback', banda que tocava os sucessos dos 'Sex Pistols', 'The Clash' e 'The Jam'.

Dave (The Edge) e Dik Evans
Dik, o mais velhos dos irmãos Evans, logo desiste da banda, pois já estava em tempos de cursar a faculdade. Sem grandes alardes, o Feedback passou o ano quase sem ser notado. Então em 1977 os integrantes resolveram mudar o nome da banda para 'Hype', e desse modo se apresentaram em algumas feiras, igrejas e escolas. Apenas em 1978 é que começaram a surgir as composições próprias.

O baixista Adam Clayton tinha um amigo que tocava em uma banda punk local chamado Steve Averill, que dizia que Hype não estava com nada e sugeriu outros seis nomes potenciais. O escolhido foi 'U2' por ser considerado "o menos ruim". Com músicas próprias e um nome mais "maneiro", resolveram tentar a sorte em um show de talentos realizado na cidade de Limerick, no dia de São Patrício, o feriado religioso mais importante da Irlanda.

Bono e McGuinness trabalham juntos até hoje
E não é que os garotos ganharam? Aproveitaram a grana do prêmio e gravaram sua primeira fita demo. Ela agradou o jornalista Bill Grahan que indicou a banda para o produtor Paul McGuinness, que aceitou empresariar o U2.

Os primeiros singles tiveram uma boa aceitação local, mas depois de algumas tentativas frustradas de atingir o público inglês, resolveram ficar pela Irlanda mesmo. Pelo menos até sair o single "I Will Follow", que conseguiu expandir as fronteiras da banda.

Todos os singles e mais algumas faixas foram reunidos no álbum, produzido pelo craque Steve Lillywhite, chamado Boy. A crítica abraçou a banda profetizando que ela tinha muito potencial por ter muita criatividade e por seu vocalista (Paul Hewson) ser muito carismático e apaixonado em suas apresentações, um verdadeiro showman. Nascia assim as lendas Bono Vox, The Edge, Clayton e Mullen Jr.: U2, uma das melhores e mais bem sucedidas badas da história.

Leituras relacionadas:

Boy (1980)


Curiosidade: Essa capa foi censurada nos EUA por ser considerada apologia à pedofilia (é mole?). À direita a capa alternativa:


Cotações da crítica especializada
Pitchfork Media (0 a 10): 8,3 
The Boston Globe: favorável
All Music Guide (0 a 5): 4 
Sputnik Music (0 a 5): 4
Robert Christgau: C+
Piero Scaruffi (0 a 10): 7
Rolling Stone (0 a 5): 4,5 

Audição comentada:




Faixas/Destaques

01 - I Will Follow
Poucos acordes da guitarra abrem acompanhados do baixo. Repiques de bateria e entra o vocal ainda imaturo, mas muito legal de Bono. Interessante notar a criatividade das passagens da guitarra ao fundo. Esse foi o primeiro hit do U2.

02 - Twilight
Arpejos da guitarra entremeados de glissandos do baixo, que depois parte para um fraseado independente e bem trabalhado. Bono mostra toda sua grande extensão vocal, ainda que pouco firme. O solo da guitarra é simplório, mas muito vibrante e original. Minha faixa favorita do álbum.

03 - An Cat Dubh
Uma faixa mais lenta. A guitarra faz diversas experimentações sonoras. Backing vocals interessantes assim como algumas passagens da bateria. Sonoridade etérea.

04 - Into The Heart
Essa pega o final da anterior e entra emendada. O clima etéreo dá lugar a uma melodia sensível, mas não triste, um final de tarde de outono, eu diria.

05 - Out Of Control
Acordes esparsos como de costume. Meia escala descendente no baixo ao final de cada estrofe, backing vocals vigorosos, assim como o ritmo. Muito boa.

06 - Stories For Boys
Caixa da bateria à mil, arpejos alternados entre graves e agudos, fraseado independente de baixo. Mais uma faixa simples, porém brilhante.

07 - The Ocean
Com clima "marítmo", a música nos mostra a experiência de estarmos estagnados em alto-mar. Dá para ouvir até o som das cordas do navio...

08 - A Day Without Me
Novamente acordes de guitarra alternados entre graves e agudos, agora nos contracantos. A bateria no contratempo e fazendo algumas "quebradas". Música urbana.

09 - Another Time, Another Place
A estética continua a mesma, então, mais uma faixa legal! Esta faixa é a mais intensa do disco.

10 - The Electric CO.
Mais uma faixa cheia de energia. The Edge brinca com a guitarra variando de tempo para contratempo, e ainda faz os backs. Larry Mullen também se diverte mudando o andamento da música e fazendo várias viradas. Clayton faz alguns fraseados independentes e Bono não economiza na vibração.


11 - Shadows And Tall Trees
A última música entra emendada na anterior e quebra um pouco da volúpia, mas nos presenteia com um belo encerramento para o álbum.

Metal for Muthas

23 de jun. de 2010 comentários: 4
Paul Di'Anno à frente do Iron Maiden

O heavy metal veio ao mundo na década de 1970 através do som "demoníaco" do 'Black Sabbath', isso quase todos sabem. Durante praticamente dez anos, esse gênero musical ficou nos guetos da Inglaterra à sombra do punk, mas crescia saudável e cada vez mais forte.

Algumas bandas resolveram inserir novos elementos aos utilizados pelo Sabbath e assim surgiu o que ficou conhecido como a New Wave of  British Heavy Metal, ou simplesmente NWOBH. Os nomes mais conhecidos desse movimento são 'Judas Priest' e 'Iron Maiden'.

Enquanto o punk perdia suas forças, o heavy metal se firmava cada vez mais com a juventude inglesa, fazendo com que as gravadoras começassem a se interessar pelos barulhentos e cabeludos rapazes e seus jeans, roupas de couro e tachinhas. Como as grandes tiveram receio de apostar nesse som, coube à Sanctuary Records o papel visionário de apostar em alguns conjuntos de moleques que faziam algum sucesso no underground. A ideia foi reunir as bandas em um mesmo álbum fazendo assim uma coletânea de músicas que simbolizassem o movimento NWOBHM e torcer para a coisa dar certo - estou falando de 'Metal for Muthas'

E deu!O 12º lugar nas paradas britânicas motivou uma turnê com as bandas que compuseram o álbum, um futuro volume 2, e mostrou ao mundo bandas históricas como Iron Maiden, Samson (antiga banda de Bruce Dickson) e Angel Witch.

Hoje tenho o orgulho de apresentar aos leitores e ouvintes 'Metal for Muthas'!

METAL FOR MUTHAS (1980)


Cotação da crítica especializada
All Music Guide (0 a 5): 3 

Audição comentada


Faixas/Destaques:

01 - Baphomet - Angel Witch
Peso sombrio, mudanças de andamento. Angel Witch, nesse álbum, foi o que melhor soube incorporar a influência do Black Sabbath. Ótima!

02 - Fighting for Rock'n' Roll - E.F. Band
Mais para punk que para heavy metal, não fosse o solo de guitarra. Vibratos engraçados do vocal.

03 - Fight Back - Ethel the Frog
Apesar de acelerada, muito comportadinha para heavy metal.

04 - Sanctuary - Iron Maiden
Acelerada, pesada e com a pegada única de Paul Di'Anno. Solos frenéticos e técnicos. Bateria incendiária. Ótima para os nascentes "headbangers".

05 - Wrathchild - Iron Maiden
Apesar de estar em um andamento mais lento de como a conhecemos, trata-se de uma das grandes obras do heavy metal. Paul Di'Anno sem seu poder característico (mais comedido por gravar em estúdio), ainda assim é poderoso como o restante dessa que se tornaria uma das maiores bandas do mundo.

06 - Bootligers - Nutz
Acordes de blues para abrir, stacatto, riff e vocal poderoso.

07 - Captured City - Praying Mantis
A música abre com um solo bem feito de guitarra. O vocal é medíocre, porém o trabalho com os backing vocals dá uma enriquecida, assim como os riffs. O instrumental é elaborado com algumas quebras de andamento.

08 - Tomorrow or Yesterday - Samson
Destaque para o piano, baladinha. Bruce Bruce (como era conhecido Bruce Dickinson) irreconhecível, mas não mau. No meio da faixa as guitarras ganham mais peso, o ritmo acelera e entre um solo psicodélico de teclado, depois, tudo volta à calmaria.

09 - Sledgehammer - Sledgehammer
Guitarras com efeito de eco e ritmo acelerado, o vocal é comum mas leva bem.

10 - Blues in A - Toad the Wet Sprocket
Efetivamente um blues. Bom trabalho da guitarra e do vocal. Tem até um piano. Nada de heavy metal. Boa faixa, tem até umas viradinhas de bateria. Entrou de gaiato na coletânea.


Mundo das Coletâneas: Metal for Muthas (baixar)

Novo Antigo Projeto!

comentários: 17

A década de 1980 não foi a mais importante para a música (esse título é atribuído à década de 1960), também não foi aquela em que a arte no geral teve seu maior esplendor, tampouco trouxe à humanidade a paz mundial.

Então por que criar um blog para tratar do cenário musical dessa década?

O primeiro motivo é simples: porque vivi minha infância e parte da adolescência neste período. Mas também porque assim realizo um sonho. Na época, um dos "enlatados" estadunidenses que assistia era 'Jeannie é um Gênio' - não entendia como aquele tonto do Major Nelson não pegava aquele monumento feminino mesmo sendo seu "amo" - e a imaginação rolava solta sobre como seria legal ter um gênio (de preferência como a Jeannie) para realizar meus desejos, e na minha mente pura da época, um desses desejos era que eu tivesse um exemplar de todos os discos musicais lançados no mundo.

Eu também sonhei com Jeannie
Se você é meu contemporâneo e conterrâneo, lembrará que não era fácil encontrar os bons discos internacionais, pois muitos nem chegavam ao Brasil. Sem contar que os preços deles eram bem "salgados" se compararmos com os dias de hoje.

Agora, em pleno século XXI, tenho a oportunidade de obter com certa facilidade, se não todos, muitos dos discos lançados nesse período e convido os amigos leitores que se interessam por música e, em especial a dessa época, a me acompanharem nessa jornada auditiva.

Os critérios para os discos serem postados são o fato de terem sido lançados nos anos 80 e não serem repugnantes aos meus ouvidos (o que é difícil, pois me julgo um cara de mente aberta no quesito música). Portanto você amigo leitor, encontrará quase de tudo aqui, desde jazz, rock, MPB, blues, pop até os vanguardistas e experimentais.

A ideia é produzir artigos informativos e opinativos, além de disponibilizar a audição do álbum no próprio blog e, se você me ajudar, debater e dialogar através dos comentários ou através de um fórum que pretendo criar em um segundo momento.

O que achou? Me acompanha? Deixe-me um comentário!

Torne-se um seguidor do blog, e até o primeiro disco!
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