Lema da Central Musical: Anos 80

Não é necessário gostar de tudo, mas por que não conhecer? - Uma audição crítica de todos os álbuns lançados na década de 80.

Há 1 Ano, nos Sons, Filmes & Afins: One World - John Martyn

16 de nov. de 2010 comentários

Série: Acervo Sons, Filmes & Afins

John Martyn nasceu em 11 de setembro de 1948 e faleceu em 29 de janeiro de 2009. Seu nome verdadeiro era Iain David McGeachy, foi um cantor britânico, compositor e guitarrista.
Ao longo de quarenta anos de carreira, lançou vinte álbuns de estúdio, trabalhando com artistas como Eric Clapton, David Gilmor e Phil Collins. Foi descrito como “um guitarrista eletrizante e cantor cuja música atravessava as fronteiras entre o folk, jazz, rock e blues.

John Martyn disse:

"Every record I've made - bad, good, or indifferent - is totally autobiographical. I can look back when I hear a record and recall exactly what was going on. That's how I write. That's the only way I can write ! Some people keep diaries, I make records." "Cada disco que eu fiz - ruim, bom ou indiferente - é totalmente autobiográfico. Eu posso olhar para trás quando ouvir um disco e lembrar exatamente o que estava acontecendo. É assim que eu escrevo. Essa é a única maneira que eu posso escrever! Algumas pessoas mantêm diários, eu vou fazer discos ".
One World (1977)
0381[1]
OUÇA AS FAIXAS E COMPARE COM A ANÁLISE MUSICAL:
01 – Dealer
00:00 – a guitarra de Martyn se apresenta dedilhada, acompanhada de bateria, um oboé (teclado imitando o som?), e da percussão, seguidos logo depois pelo baixo e teclado, anunciando a complexidade do trabalho; 00:27 – aparece o vocal sussurrado e rasgado de Martyn interpretando a primeira estrofe; 01:04 – segunda parte da música, destaque para a variedade do arranjo que tem o ritmo elaborado e o acompanhamento de teclado e guitarra quase que se digladiando; 01:59 – o baixo anuncia a sequência de efeitos do teclado enquanto a percussão trabalha com propriedade; 02:17 – a harmonia segue mas agora conta com a presença do vocal; 02:54 – uma mudança de tom preparatória para o solo de teclado que inicia em 03:13 e é sucedido por poucas e bem colocadas notas da guitarra para logo retornar o vocal na estrofe + refrão; 04:18 – a harmonia fica livre para seguir com improvisos até que em 04:58 a música só acaba por causa do efeito fade (aquele que vai diminuindo o volume) – imagine só o que acontecia ao vivo!
02 – One World
00:00 – teclado sugere o tema acompanhado de arpegios da guitarra e de uma bateria eletrônica, tudo em andamento lento, quando o vocal se apresenta com uma nota longa e segue entoando a balada acompanhado também de uma suave flauta; 01:37 – a guitarra, em segundo plano, ganha distorção e entra uma beleza de baixo fretless completando o clima; 02:06 – a guitarra distorcida sola suavemente com notas longas e em 02:46 o canto retorna por cima e tudo é conduzido suavemente até o final em 04:09.
03 – Smiling Stranger
00:00 – o baixo, cheio de distorção, indica a mudança de espírito para essa música. A guitarra ataca no meio dos compassos e o ritmo é ditado pela tabla indiana e pelos pratos da bateria; 01:50 – entra um arranjo orquestrado ao fundo em cima da swingada levada, com um tema oriental; 02:50 – aqui a música recebe a participação inusitada de um sax alto que vai até o final em 03:30. Grande criatividade!!
04 – Big Muff
00:00 – guitarra entra dedilhando notas graves com o efeito de um pedal wah wah e o baixo vai para as agudas, tudo sendo conduzido pelo prato e leves toques do surdo da bateria, com uma levada jazzística; 04:50 – guitarra brinca em cima da base harmônica sem grande alarde até o fim em 06:30.
05 – Couldn’t Love You More
O violão com cordas de aço acompanha a melodia do xilofone  enquanto soam notas graves e longas ao fundo. O vocal apresenta uma bela e suplicante melodia.
06 – Certain Surprise

00:00 – em ritmo de bossa-nova, John Martyn nos presenteia com mais uma bela melodia, tudo bem embalado por um suave arranjo orquestral; 02:02 – a grata surpresa de um solo de trombone com surdina que complementa  o clima agradável. Uma delícia.
07 – Dancing
Um leve e agradável rock, bem praiano, certamente influenciado pela Jamaica, local onde ele compôs o disco. Lembra um pouco som do The Police.
08 – Small Hours
Continuamos na praia, final de tarde. A guitarra com notas longas (slide), sob efeito de ecos e muito som ambiente, como o do mar. Efeitos “aquáticos” de teclado. 04:55 – solo de guitarra à lá Pink Floyd. Música quase toda instrumental. Climão relaxante!



Análise musical: Rodrigo Nogueira
Fonte histórica: Wikipedia e site oficial
‘té mais!

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